Brasil e África: parcerias para o desenvolvimento sustentável através do uso de energias renováveis
O Brasil vem desenvolvendo diversas iniciativas de cooperação técnica internacional, dentro do contexto das relações Sul-Sul. Dentre estes, está em andamento um acordo de cooperação entre o Brasil e o continente africano. Este acordo visa facilitar e promover o desenvolvimento econômico e social, por meio da aproximação socioeconômica, político-institucional, cultural e tecnológica.
Em parceria com o Instituto Brasil África, a Itaipu Binacional/Brasil e o Parque Tecnológico Itaipu Brasil, juntamente com o Centro Internacional de Energias Renováveis – CIBiogás-ER, vem desde o ano de 2015 realizando parceria na capacitação de africanos em energias do biogás e apoio em projetos de desenvolvimento sustentável de fontes energéticas no Brasil e na África.
Sem fins lucrativos, o Instituto Brasil África iniciou suas atividades em 2013 e tem como ação materializar oportunidades envolvendo os setores público e privado à promoção de debates, ideias e ações que busquem a transformação do Brasil com a África, em torno de diferentes temas: biotecnologia, agricultura familiar, fertilizantes e produtos químicos, financiamento e subsídios, inspeção e processamento de alimentos, infraestrutura, segurança alimentar, irrigação fruticultura, certificações internacionais, pecuária, nutrição, bioenergia, cooperação, transformação, etc.
O CIBiogás-ER tem como missão fomentar o uso de energias renováveis com ênfase no produto biogás promovendo ações de desenvolvimento, empreendedorismo e estímulo a políticas públicas capazes de estabelecerem cadeias de suprimentos locais e regionais com impactos sociais, econômicos e ambientais positivos.
A parceria já tem rendido frutos no desenvolvimento local de uma comunidade africana por meio de um líder comunitário que esteve no Brasil e levou na bagagem uma série de conhecimentos adquiridos no CIBiogás. Ele passou um mês recebendo treinamentos e visitando pequenas e grandes propriedades rurais que geram energia elétrica, térmica e veicular por meio do biogás.
Após retornar a África, o líder comunitário conseguiu aplicar parte dos conhecimentos adquiridos e transformar expectativas em realidade e aos poucos está mudando a vida e a paisagem do Parque das Quirimbas. Hoje, a comunidade produz biogás, por meio de um pequeno biodigestor, que utiliza para o cozimento de alimentos e, aproveitam o biofertilizante para adubar hortas comunitárias, que antes eram pouco produtivas. Além de gerar energia e biofertilizante, com o uso de resíduos de pescados, dejetos e o esgoto, permite melhorar e sanar outros grandes problemas, como a redução de odores, infestação de insetos e roedores causadores de doenças como a cólera e a malária.
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